Independência Financeira! Quem não quer ser independente para fazer o que gosta, não precisar trabalhar para pagar as contas, ter mais tempo para ficar com a família, ter estabilidade financeira, viajar mais …?
Certamente a independência financeira é um sonho de muitos, porém para atingi-la é necessário se livrar de crenças, ter um bom planejamento, evitar o consumo antecipado, investir em conhecimento, e acima de tudo, gastar menos do que ganha.
Para alcançar sua independência financeira não basta ter altos rendimentos, altos salários ou investimentos, é preciso ter disciplina, comprometimento, e fazer com que suas rendas sejam superiores às suas despesas mensais. Só assim você conseguirá ter a base para adquirir patrimônio capaz de lhe proporcionar renda passiva e atingir o estado em que trabalhar deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma opção.
Veja abaixo 5 passos para você caminhar rumo à sua independência financeira de forma estruturada e organizada:
#1 Elimine crenças negativas (crenças limitantes)
Se livre das amarras que não deixam você prosseguir rumo à independência financeira, ao longo dos anos a maioria das pessoas vão acumulando e alimentando crenças sobre o dinheiro que as impedem de ter sucesso financeiro.
Essas crenças são falácias que adquirimos com nossas experiências de vida, inverdades capazes de bloquear nossas ações e nos deixar sem forças suficientes para prosseguir.
Com isso, ficamos presos sem motivação sequer para buscar o conhecimento de como nos livrarmos dessas amarras, nos tornamos escravos presos num ciclo vicioso.
Podemos citar como exemplos de crenças negativas a respeito do dinheiro, frases que muitas pessoas durante toda vida ouviram dizer, e que, inconscientemente as perseguem impossibilitando de crescerem financeiramente:
“ganhar dinheiro não é fácil”,
“não podemos comprar isso porque não temos dinheiro”,
“Para que guardar dinheiro se não levaremos nada no caixão”,
“O que adianta ser rico de dinheiro e pobre de saúde” (como se fosse impossível ter dinheiro e saúde),
“Pessoas ricas são gananciosas”
O dinheiro não é o mal de todas as coisas. Na realidade o dinheiro não é bom nem mau, o que define isso é o que você faz com ele.
Uma vez ouvi uma pessoa ao lado comentar com o amigo:
“- O cara estava a 280km/h quando capotou na curva e morreu no local, também com o carrão que ele estava … “
Veja, para essa pessoa o problema estava no carro (que o cara adquiriu com uma pequena fortuna) e não em quem dirigia imprudentemente em alta velocidade. Provavelmente esse pensamento impedirá essa pessoa de ter um “carrão”, pois está crente de que “carrões” causam acidentes graves.
Portanto, descubra quais são suas crenças negativas a respeito do dinheiro e decida mudá-las já! Se pergunte respondendo honestamente:
- Você associa o dinheiro a algo negativo?
- O que você pensa sobre as pessoas bem sucedidas financeiramente?
- Você acha que ficar rico trará problemas para sua vida?
Converta suas crenças negativas sobre o dinheiro em positivas, transforme por exemplo “Não consigo comprar isso porque não tenho dinheiro” em “O que vou fazer para conseguir comprar isso?”.
#2 Gaste menos do ganha e invista o que sobra
Ninguém alcança a independência financeira simplesmente ganhando bem, mas sim gastando menos do que ganha e investindo a diferença.
Esse é um conceito muito simples e básico para atingir a independência financeira, possivelmente você já deve ter ouvido isso muitas vezes, talvez em outras versões como: “Ninguém fica rico com o que ganha, mas sim com o que poupa”, “Quem poupa tem” ou “O pobre gasta, o rico poupa”, enfim, essa é a regra de ouro das finanças pessoais.
Apesar de ser uma regra básica, muitas pessoas, mesmo sabendo não a põem em prática, segundo o IBGE (POF-2008-2009) uma avaliação subjetiva revelou que 75% das famílias brasileiras alegaram dificuldades em terminar o mês com seus rendimentos, ou seja, se já é difícil sustentar as despesas mensais, como conseguirão poupar para investir?
Não tem segredo, gastar menos do que ganha requer controle e disciplina, se você é uma das pessoas que tem dificuldades em fechar o mês com os rendimentos que ganha, e não sobra nada para investir, entenda que com mudanças de hábitos e uma vida mais frugal você poderá mudar esse quadro significativamente.
Leia também: Dicas: Como reduzir gastos domésticos e Você sabe mesmo como economizar dinheiro?
#3 Livre-se das dívidas e prestações
Se você possui dívidas, livre-se delas o quanto antes, negocie com os credores, faça um planejamento com o tempo necessário para quitá-las e inclua-as em seu orçamento doméstico.
Comece pelas dívidas mais “caras”, aquelas que lhe cobram juros maiores tais como cartão de crédito, limite de cheque especial, CDC etc.
Evite fazer novas prestações, planeje suas compras e compre à vista. Quando compramos à prazo estamos fazendo com que “alguém” pague a conta para nós de imediato, com isto pagamos taxas e juros ao longo das parcelas, sem contar que ficamos reféns das parcelas assumidas.
A compra à prazo é um consumo antecipado de algo, você consome primeiro e paga depois. Com o passar do tempo as parcelas podem gerar um sentimento de culpa e descontentamento pois você estará trabalhando para pagar aquilo que já foi consumido, fica escravo do trabalho! Isto pode gerar grandes transtornos emocionais, brigas de família, stress e aborrecimentos etc.
#4 Planeje-se
Não adianta seguir em frente sem saber para onde está indo, muitas pessoas vão empurrando suas finanças com a barriga, sem nenhum planejamento, esperando a oportunidade de sobrar algo para investir.
Planeje-se, elabore seu orçamento doméstico e inclua nele o quanto destinará de recursos para investir, comece já, mesmo que seja R$ 100,00 ou R$ 200,00 de início, com o tempo vai se ajustando e aumentando gradativamente esse valor.
Faça sua programação, você é capaz, se você quer você consegue! Adquirindo o hábito de destinar um percentual de sua renda para investir, com disciplina você terá ótimos resultados.
Costumo dizer que em uma programação financeira parte dos nossos rendimentos devem ser direcionados para nós mesmos “nos pagando primeiro”, afinal trabalhamos para isso, então nada mais justo destinar parte de nossos recursos para atingir a independência financeira e nossos objetivos financeiros. Só então, com o que sobrar, é que devemos ajustar nossas despesas e nosso estilo de vida.
#5 Invista em você
Estude, adquira experiência, dobre sua capacidade de gerar renda melhorando seus conhecimentos ou habilidades, faça cursos. Para quem está no início da carreira, trabalhe duro, mesmo que seja com baixo salário, para adquirir conhecimento, com certeza a experiência e conhecimento adquiridos irão lhe garantir ótimos resultados futuros.
Em sua jornada rumo a independência financeira será necessário muito conhecimento em finanças pessoais e investimentos, dedique-se a adquirir este conhecimento.
É importante criar o hábito de se organizar, economizar, poupar, investir. Porém, sem o conhecimento necessário para gerir tudo isso você pode colocar tudo a perder. “Economizou mas não sabia como poupar”, “Investiu mal todas as economias sem conhecimento e pôs tudo a perder”, “Surgiu uma grande oportunidade e não tinha o conhecimento necessário para agarrá-la”.
Por isso não deixe de investir em você, com disciplina e conhecimento certamente terá sucesso em suas finanças e seguirá rumo a sua independência financeira.